
3) Decisão: Cultivar a serenidade
Disciplina: Solitude.
Outro aspecto importante é a disciplina da solitude. Um tempo que tiramos para estarmos a sós com Deus e através do qual poderemos experimentar uma serenidade profunda.
Solitude não são os 12 ou 15 minutos que você separa para estar com o Senhor. É mais do que isto. Tem mais a ver com uma disposição do coração de estar com Ele. Abrir mão, às vezes, de estar com um bom amigo, ou mesmo com a pessoa mais importante para você só para estar com ELE.
São nestes momentos de solitude que o Senhor trata com você. É aí que ELE revela coisas que devem ser trabalhadas na sua alma. São nestes momentos que o Senhor sonda os nossos mais profundos pensamentos e nos torna conscientes daquelas coisas que tentamos esconder de nós mesmos e dos outros. E então, Ele abre os nossos olhos para tudo aquilo que necessita atenção.
Salmo 139: 1-4, 23-24
SENHOR, tu me sondaste, e me conheces.
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.
E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.
I Coríntios 11: 28
Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.
Tornamo-nos vítimas de uma inquietação crescente quando nos recusamos a nos isolar para examinarmos nossos corações e motivos.
Corremos o risco de nos embaraçarmos com nossas atividades e responsabilidades.
Na maioria das vezes nos tornamos extremamente ocupados e como conseqüência extremamente vazios.
Nós proferimos palavras, mas elas nada significam, acabamos trafegando por verdades espirituais não vividas por nós. Caímos em fraude espiritual.
Marcos 6:30-32
E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus, e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado.
E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer.
E foram sós num barco para um lugar deserto.
Jesus reconhece o valor da solitude. Depois de uma grande vitória os discípulos precisavam de momentos a sós com o Senhor, por isso Jesus pede que se retirem para um lugar isolado.
Minha sugestão é que você sempre tenha, junto a você nos seus momentos de solitude, um caderno de notas e uma caneta, para registrar aquilo que Deus revelar ao seu coração. Nossa memória falha e podemos perder grandes jóias inspiradas pelo Espírito Santo. Por isso a importância de anotar, para posterior reflexão.
Richard Foster no livro Celebração da Disciplina no capitulo 7, diz que Deus nos chama da solidão para a solitude e que o medo de ficar sozinho muitas vezes nos petrifica.
Cultivar a solitude não é nada facil. Nosso medo de ficar sozinhos impulsiona-nos para o barulho e para a multidão.
É importante entendermos que solidão é vazio interior e solitude é realização interior. Solitude, não é, antes de tudo, um lugar, mas um estado da mente e do coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário