
Não são raras às vezes que ouço das traições e da falta de ética entre nós cristãos. Vivemos como em um exercito sem patentes. Agimos de acordo com o que achamos correto, ignoramos códigos éticos e morais e visualizamos somente nossos próprios interesses. O servir ao próximo e considerar o outro perdeu lugar para as nossas próprias ambições.
Tão escasso se tornou figuras como Jonatas, Eliseu e Timóteo que serviram e foram reconhecidos primeiramente por seu serviço.
Hoje queremos tudo para ontem. Nem bem se começa a caminhada cristã e já se almeja os púlpitos, as tribunas, as lideranças, os palcos e os holofotes.
Vemos uma safra de homens e mulheres de Deus que parecem preparados no que diz respeito a informação e no entanto, emocionalmente gatinham como crianças. Quando contrariados batem o pé ou fazem “biquinho”, ficam melindrados e por fim procuram novas paragens onde seus comportamentos infantis são aceitos ou tolerados até que novamente sejam contrariados, para assim procurarem novas paragens. E por ai vão de lugar a lugar, de ministério a ministério, de igreja a igreja, de liderança a liderança e desta forma as questões de caráter são lançadas para o fundo do poço e se trabalha somente na aquisição de informações e nas performances publicas.
Testemunhei muitos jovens ou neófitos serem praticamente destruídos porque seus lideres deram espaço de evidencia e grande notabilidade quando estes ainda não estavam emocionalmente prontos para lidar com as multidões, com os elogios, com a fama e com o brilho das luzes.
Parece que a marca da pós-modernidade que é a sustentação da imagem e a valorização da performance tomou conta dos nossos púlpitos e comunidades. Vamos à igreja como vamos a um show e sentamos esperando novas e surpreendentes manifestações do Divino. Como o Divino não aparece, porque o foco não é ELE, e ELE não divide a sua glória; criamos mecanismos de manipulação da alma. Usamos a musica, a entonação da voz, efeito de luzes e até gelo seco para dar um ar místico simulando a nuvem de glória que desceu sobre o tabernáculo, sobre o templo e envolveu os discípulos no monte da transfiguração.
Lembra-me a historia dos dois padres que caminhavam, e ao verem um mendigo sentado à porta da igreja pedindo esmola, comentaram:
- É agora não precisamos mais dizer “Não possuo nem prata nem ouro” lembrando o momento em que Pedro e João subiam ao templo para orar e sentado a porta do templo chamada Formosa estava um cocho a mendigar.
E o outro padre responde:
- É também não mais podemos dizer “Em nome de Jesus Cristo, Nazareno, levanta e anda”
Trocamos a shekinah (a glória da presença de Deus) por fumacinha de gelo seco...
Trocamos o Divino por “estrelas” do mundo gospels...
Trocamos o arder nos corações por mantras gospel (frases repetidas, inúmeras vezes que exercem efeito nas emoções)...
Trocamos o ajuntamento santo por ajuntamento social...
Trocamos a contrição por performance “espiritual”...
Entramos em uma espiritualidade gasosa onde compromisso e valores ficaram como marcas de um passado moderno não muito distante.
Shalom!!
ResponderExcluirMais uma vez, o Senhor te usa para mostrar realmente a verdade sobre homens preparados dignamente para exercer funções na obra do Senhor. Realmente a maioria não está preparado por não conhecer Jesus, o conhecimento de Jesus para eles é só de ouvir falar. Que Deus continue abrindo o seu entendimento e te dando ousadia para o crescimento da obra.
Vasty Oliveira:
ResponderExcluirGostei mto, extremamente verdadeiro. Que a ES , ou melhor que possamos dar espaço ao ES nos nossos corações e possamos parar para meditar, ouvir a Deus e amadurecer, correr deste cristianismo superficial e farisaico que tto mal tem feito à igreja e às nossas vidas. Que Deus te abençõe.
Pastor , adorei, posso divulgar esta ministração no meu blog? abraços Juliana
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