SOS CRIANÇA - CONTRA A PEDOFILIA FRASE DA SEMANA Táticas Pedofílicas de Enganação Os pedófilos tendem a escolher crianças que mostram certo grau de vulnerabilidade. As crianças vulneráveis que correm mais riscos são aquelas que não se sentem amadas e desejadas ou são impopulares, solitárias, sem amigos ou perseguidas. Abner Morilha

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pensando Jó - Parte 1

O livro de Jó sempre foi uma grande incógnita para mim. Uma leitura belíssima em sua poesia, mas difícil de digerir. Já li e reli vários autores e comentários da vida atribulada deste homem chamado de INTEGRO pelo próprio Deus.
Alguns autores com uma necessidade tremenda de encontrar na vida de Jó algum pecado, alguma mazela, algum erro, enfim algo que justifique Deus ter “permitido” tamanho sofrimento, muitas vezes sentam-se ao lado dos chamados “amigos de Jó” e assumem uma postura que lembra mais a temida “Santa Inquisição”.
Já ouvi de tudo sobre o pobre: ouvi que o que ele MAIS temia lhe sobreveio, portanto operou-se nele a lei da atração, que ele tinha no fundo orgulho por ser integro, que ele não confiava em Deus, que ele era religioso ao extremo e se orgulhava disto em fim um pacote cheio de desvios para explicar as razões das investidas do inimigo.
Parece que a teologia frágil de alguns, não consegue suportar a questão do sofrimento e que o sofrimento carece de alguma coisa que o justifique, ainda dentro de algumas abordagens teológica a compreensão deste fenômeno chega a ser praticamente impossível, sem que haja uma grande “brecha” para justificá-lo, ou algum grande "pecado para desencadear-lo".
Triste como nos perdemos no caminho, triste como fugimos daquilo que nos caracteriza como humanos, pois quem pode negar que: nascer, sofrer e morrer faz parte da tríade humana. Não quero fazer apologia do sofrimento, mas negá-lo é negar as lagrimas de Jesus diante de Jerusalém, por causa da dureza do povo que não o reconheceu; negá-lo é negar as lagrimas do Senhor diante do tumulo de Lazaro; negá-lo é negar a dor imensurável no Jardim de Getsemani aonde a tristeza de nosso Senhor chega a um grau tão elevado que os vasos sanguíneos de seu corpo explodem banhando o jardim com seu próprio sangue; negá-lo é negar a experiência da cruz da qual todos nós de certa forma temos que passar; negá-lo é não compartilhar dos sofrimentos de Cristo, logo não compartilhar também de sua ressurreição. A leitura de um livro preciosismo para mim: “O Caminho do Coração” de Ricardo Barbosa de Souza, abriu os meus olhos para uma nova compreensão da vida deste homem que continua intrigando-nos. Espero que essa reflexão possa acrescentar algo a sua compreensão da dor e do momento que atravessamos. JÓ UMA PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR O livro de Jó narra uma das experiências espirituais mais dramáticas jamais vividas por um ser humano. Entender o relato de Jó, na perspectiva da espiritualidade cristã, constitui-se, sem duvida alguma, numa das mais ricas e profundas percepções das crises da alma humana na busca por significado e realização. A crise de Jó tem sido explorada quase sempre no contexto do sofrimento humano. As analises que fazemos da sua experiência procura evocar sua paciência e despojamento diante das mais humilhantes provas que alguém já passou. No entanto a temática deste livro é muito mais abrangente. Mais do que o sofrimento este livro abrange a relação do homem com Deus em meio às complexidades da vida. O texto sagrado nos leva a refletir e questionar: Como é que temos construído nosso relacionamento com Deus? Com que bases estabelecemos nossos encontros com Ele? Estas questões estão no centro da nossa reflexão sobre a espiritualidade cristã. O sofrimento de Jó, sem duvida nenhuma nos ajuda a entender o lugar de Deus na nossa experiência espiritual. Jó nos é mostrado como um paradigma da nossa espiritualidade humana e cristã. Ele mostra tanto as fragilidades das nossas pretensões e teologias, que nem sempre respondem as questões mais profundas da alma, como também revela-nos um Deus que não se enquadra nos esquemas teológicos e doutrinários que construímos. Despir-nos das nossas pretensões teológicas e encontrar-nos com o Deus livre e soberano é o caminho que Jó nos propõe.

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