SOS CRIANÇA - CONTRA A PEDOFILIA FRASE DA SEMANA Táticas Pedofílicas de Enganação Os pedófilos tendem a escolher crianças que mostram certo grau de vulnerabilidade. As crianças vulneráveis que correm mais riscos são aquelas que não se sentem amadas e desejadas ou são impopulares, solitárias, sem amigos ou perseguidas. Abner Morilha

domingo, 12 de abril de 2009

Transformando a Rejeição em Milagre - Parte 2

Excluída do Grupo Aquela mulher não só enfrentou o silêncio daquele que lhe era a única esperança, mas também enfrentou a incompreensão daqueles que seguiam o Mestre. Os discípulos de Jesus fizeram uma leitura errada do seu silêncio. Ao perceber que Jesus não respondera a mulher, julgaram que Ele não queria atendê-la. Então, os discípulos aproximaram-se Dele e pediram que Ele a mandasse embora. Mat. 15:23b 23b E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. Algumas traduções usam as palavras: suplicaram, imploraram, para Ele que a mandasse embora. Imagino que ela estivesse gritando desesperadamente para ter causado tanta repulsa por parte daqueles que já haviam ouvido o Sermão do Monte (Mt 5), ouvido sobre a pratica da justiça (Mt 6), a oração do Senhor (Mt 7) e por aí vai. Agora a rejeição partia do grupo maior que acompanhava o mestre. Creio que um dos maiores medos do ser humano é o de ser excluído, é o sentimento de não pertencer, é o medo de não fazer parte de um grupo. Desde muito cedo em nossas vidas lutamos contra o horror de sermos esquecidos, deixado de lado ou de não sermos escolhidos. A simples idéia de não fazer parte de um grupo, de uma família ou de uma comunidade leva a pessoa a profundas angústias, e pode desencadear uma série de comportamentos doentios e equivocados. Aquela mulher enfrentava agora um dos maiores fantasmas que nos assombra como pessoa, a rejeição de um grupo. Não há um ser humano, por mais emocionalmente equilibrado, saudável e inteiro que seja que não tenha experimentado este sentimento em algum momento de sua vida. Na verdade o sentimento de rejeição está impresso (imprinting) em nossa alma. Se voltarmos ao Éden, e nos atentarmos a narração da queda, podemos entender que quando Deus lança Adão e Eva para fora do jardim e coloca um querubim guardando o caminho da Árvore da vida. O sentimento experimentado pela primeira vez por este homem deve ter sido o de uma profunda rejeição. A partir deste texto bíblico, compreendemos com a mente sobre: a) O confronto de Deus: [“E chamou o Senhor ao homem e lhe perguntou: Onde estás? (Gn 3:9)]. Certamente Deus não estava querendo saber a posição geográfica de Adão como se seu GPS estivesse falhando. Quando Deus pergunta algo em sua palavra para o homem, não é para saber, pois Deus sabe todas as coisas, mas é para fazer saber. Como um habilidoso terapeuta as perguntas do Maravilhoso Conselheiro levam a pessoa a refletir sobre sua posição existencial e a orientam ao conhecimento de qual é o lugar espiritual e psicológico no qual ela está, são perguntas que permitem a pessoa a ter um olhar para dentro de si mesma afim de que ao responder com honestidade este homem possa encontrar o lugar de arrependimento. Portanto, Deus não pergunta para saber, mas para fazer saber; b) O cuidado de Deus para com a mulher: anunciando que dela sairia aquele que redimiria a humanidade (Gn 3:15), colocando-a em um lugar de destaque na redenção do homem e, não em um lugar de maldição; c) O cuidado de Deus para com o ser humano: (Gen 3:21) providenciando vestimentas para protegê-los. Isso revela que, mesmo em meio à desobediência e à rebeldia, o amor do Senhor está sempre presente; d) A proteção de Deus: ao lançá-los fora do Éden, era imperativo que Adão e Eva não comessem da Árvore da vida, e assim perpetuassem a sua condição de espiritualmente separados do divino. Deus protege a eternidade do homem. Todos estes cuidados poderiam de certa forma, ser compreensíveis intelectualmente, porém emocionalmente esta experiência deve ter passado muito longe daquilo que a razão poderia processar. A distância entre o coração e a cabeça é de apenas alguns centímetros, no entanto, a distância entre a razão e as emoções chega a ser algumas vezes quase que incalculável. Além desta experiência, que certamente ficou impressa em nossa memória genética, ainda temos a segunda rejeição pela qual todos nós passamos que é o próprio nascimento. Tente imaginar a angústia humana quando o bebê no útero materno, envolto em líquido amniótico, protegido dos sons altos, da luz direta e do frio, é expurgado para fora em um mundo totalmente diferente. (Lembre-se de que estudos mais recentes revelam que na vida intra-uterina o feto também recebe inúmeros estímulos que irão repercutir em toda a vida da pessoa). A primeira coisa são as violentas contrações que empurram o bebê para baixo. Depois ao ser retirado da mãe, ele entra no mundo e vem para um local excessivamente iluminado. Levando-se em conta que ele nasça em um hospital, ele é recebido por um grupo de pessoas estranhas, sofre uma dor incalculável ao receber ar em seus pulmões, que até então estavam fechados, pois sua respiração era feita através do cordão umbilical, a sensação é como se ele fosse explodir. Logo em seguida, ele é colocado em um tecido, que não parece nada mais com o seu "cobertor" de líquido amniótico. Por fim, dependendo do seu estado de saúde, ele é separado completamente da mãe por algum tempo. Tudo isto gera um tremendo trauma na criança que influenciará toda sua existência. Esta mulher Cananéia sem atentar para o grupo que se opunha a ela, ou até mesmo para o seu próprio sentimento de rejeição, manteve o foco em sua missão de alcançar a cura para sua filha e passa por toda esta pressão mantendo sempre em sua mente o firme propósito de receber a benção do Senhor. Podemos apreender com ela muito sobre perseverança. Quando o mais fácil era desistir ela não desanima, encontra forças e prossegue. Quantas vezes diante das dificuldades não abandonamos o barco? Quantas vezes diante de alguma negativa entregamos os pontos? Quantas vezes começamos bem nossos projetos e no meio do caminho abortamos nossos sonhos simplesmente porque encontramos algum tipo de resistência? É podemos aprender muito com ela... Podemos apreender que, apesar de sentir o que sinto, posso olhar para frente e saber que “o meu Redentor vive” e que com Ele posso ir em frente com a certeza de “que sou mais que vencedor”. Deus Abençoe!

2 comentários:

  1. Pr. Abner , esses textos são quentinhos e inteligentes.Por favor continue; nos últimos 2 textos pude observar um trajeto já percorrido; isso é bom; precisamos avaliar os próximos passos pois,com ELE sempre seremos mais que vencedores. Claudia Melo - Min. Renovo

    ResponderExcluir
  2. Super feliz de descobrir que você tem um blog tão bom!
    Parabéns! Que Deus te use a cada dia mais!

    Adeline

    ResponderExcluir

Categorias